O documentário “lixo
extraordinário” apresenta o trabalho do artista contemporâneo brasileiro Vik
Muniz, radicado em Nova Iorque, junto a catadores de materiais recicláveis do
maior aterro do mundo, Jardim Gramacho, situado em Duque de Caxias, no Estado
do Rio de Janeiro. Tal depósito recebe setenta por cento do lixo da cidade do
Rio de Janeiro e conta com aproximadamente dois mil e quinhentos catadores.
Alguns catadores são
fotografados e dali é montado uma criação imagética com materiais recicláveis.
Destacamos alguns deles.
No início, aparece seu
Valter, vice-presidente da Associação dos Catadores de Jardim Gramacho
(ACAMJG). Diz ter orgulho de seu trabalho, pois é melhor que roubar.
Suelem está no aterro desde
os sete – no filme está com dezoito. Relata ter visto um bebê morto dentro do
lixo. É fotografada por Muniz com suas duas crianças representando a imagem de
uma santa. Diz ela que é melhor trabalhar como catadora que se prostituir.
Temos Sebastião – ou
simplesmente Tião. É presidente da ACAMJG. Pega livros do lixo e cita autores
como Maquiavel e Nietszche. Tira uma foto emulando um famoso quadro do francês
Jacques Louis David – “a morte de Marat”. Muniz fez um quadro a partir dessa
fotografia, que foi leiloada em Londres por vinte e oito mil libras.
O documentário faz-se atual
devido a seus temas, como a vida de pessoas que sobrevivem do lixo e suas
dificuldades de extrema penúria, a própria criação artística em si a partir
desses materiais, e também os problemas ambientais causados pela da
superprodução do lixo nas grandes cidades. Destarte, ele pode ser explorado com
fins pedagógicos no ensino básico, bem como em diversos cursos superiores de
diversas áreas.
Referências
LIXO
Extraordinário. Direção: Lucy Walker, João Jardim, Karen Harley. Produção: Alex
Moreno, Angus Aynsley, Fernando Meirelles, Jackie De Botton, Andrea Barata
Ribeiro, Emilia Mello, Hank Levine, Miel de Botton, Peter Martin. Almega
Projects; O2 filmes. 1 DVD (99 min), son., color.
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