Indicação
bibliográfica
MONTAGU,
Ashley. Apresentando a antropologia. In: Introdução à antropologia. Tradução
de Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, 1969.
O homem e a cultura
O ser humano tem necessidades
básicas inatas para sua sobrevivência. As satisfações delas originam a cultura,
na qual mostra como o homem adaptou-se ao mundo, servindo-se de interação mútua
entre indivíduo e sociedade.
Como salienta Ashley Montagu (1969,
p. 131), a cultura precisa ser inventada, ser transmitida de uma geração a
outra e precisa ser perpetuada de alguma forma. O inglês, às folhas 131, define
cultura como sendo “o complexo de configurações mentais que, em forma de
produtos do comportamento e produtos materiais, constitui o modo principal que
tem o homem de adaptar-se ao meio total, controlando-o, mudando-o, e
transmitindo e perpetuando os modos acumulados de fazê-lo.”
Com a peculiaridade intrínseca da
aprendizagem, deu-se ao homem a possibilidade da mudança evolutiva social
baseada na parte adquirida através de costumes, instrumentos, lembranças e
outras formas não genéticas. A herança social representa a cultura ao
indivíduo.
A influência da cultura na
Antropologia
O vocábulo “Antropologia” é derivado
de duas palavras de origem grega, “anthropos”, “homem”, e “logos”,
“conhecimento ordenado”. Sendo assim, Antropologia é o conhecimento ordenado do
homem. Essa ciência divide-se em Antropologia cultural e Antropologia física.
Ashley Montagu assinala (1969, p.
14) que cultura é “tudo o que um determinado grupo de pessoas, que vivem juntas
como uma população em funcionamento aprendeu a fazer como seres humanos, o seu
modo de vida”. O antropólogo atém-se as diversas culturas e as separa para
descobrir como foi que os seres humanos conseguiram fazer de tantas maneiras
diversas. Ele vai atrás dos elementos comuns a todas as culturas, tentando
descobrir as causas das diferenças. Antropólogos culturais podem se interessar
por certos aspectos, como religião, língua, instituições legais, organizações
sociais por exemplo.
O antropólogo cultural quase sempre
estuda os ditos povos primitivos ou povos pré-letrados que possuem menor
desenvolvimento tecnológico, mas que podem ter língua, sistemas de parentesco e
outras características tão desenvolvidas quanto os povos civilizados, ao menos.
Há os antropólogos dito aplicados que estudam relações entre indivíduos em
empresas, governo, hospitais.
Um ramo de destaque é o da
Arqueologia a qual lida com culturas de povos que não mais existem, em que
através de recuperações por meio de escavações, há o exame de produtos
culturais e de subsistência, os quais refletem o comportamento desses membros
antepassados, permitindo a reconstrução de seu sistema social.
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